O uso de aparelho ortodôntico em crianças é uma preocupação crescente entre pais atentos à saúde bucal dos filhos. Essa atenção se justifica não apenas por uma questão estética, mas também por aspectos funcionais e de desenvolvimento.
Diversos problemas ortodônticos se instalam na infância e, quando não tratados precocemente, podem comprometer funções como mastigação, respiração e fala. Podem afetar a autoestima da criança ao longo de seu crescimento.
Por isso, compreender os sinais, os tipos de aparelho infantil e o momento certo para iniciar o tratamento é fundamental para garantir um desenvolvimento oral saudável.
Quando as crianças devem começar a visitar o ortodontista?
De acordo com a recomendação da Associação Americana de Ortodontia, a primeira visita ao ortodontista deve ocorrer entre os 5 e 7 anos de idade, ou assim que os primeiros dentes permanentes começarem a nascer.
Nessa fase, o profissional pode realizar uma análise clínica e radiográfica para identificar precocemente alterações na formação óssea, presença de hábitos prejudiciais (como sucção de dedo ou uso prolongado de chupeta), além de avaliar o espaço disponível na arcada dentária.
Essa avaliação precoce permite que o ortodontista detecte problemas silenciosos e atue antes que se agravem, oferecendo soluções menos invasivas e mais eficazes. Afinal, com os ossos e dentes ainda em desenvolvimento, a capacidade de remodelação óssea é muito maior, o que favorece o sucesso do tratamento ortodôntico infantil.
Principais sinais de que seu filho pode precisar de aparelho
Alguns indícios podem indicar a necessidade de consultar um ortodontista. Um dos sinais mais comuns é a dificuldade de mastigação, geralmente associada à mordida cruzada — quando os dentes superiores não se posicionam corretamente em relação aos inferiores.
Outro sinal importante é o hábito de dormir de boca aberta, roncar ou apresentar respiração bucal, o que pode indicar alterações na estrutura da arcada dentária e do céu da boca.
A ausência de espaços entre os dentes de leite também deve chamar atenção. Quando estão muito juntos, os dentes permanentes — geralmente maiores — não terão espaço suficiente para erupcionar corretamente.
Dentes desalinhados, que não se encaixam ou se projetam para fora, podem resultar de hábitos infantis ou fatores genéticos e exigem avaliação especializada. Quanto antes for feito o diagnóstico, menores as chances de tratamentos mais complexos no futuro.
Benefícios do tratamento ortodôntico na infância
Os benefícios do uso de aparelho dental infantil são significativos e vão muito além do alinhamento estético. Em primeiro lugar, ele promove melhor desenvolvimento da estrutura óssea da face, favorecendo a harmonia do crescimento dos maxilares e evitando problemas futuros como assimetrias ou necessidade de cirurgia.
O tratamento precoce facilita a correção da mordida e da postura da língua, cria espaço adequado para os dentes permanentes nascerem e evita que a má oclusão se agrave com o tempo.
Outro ponto relevante é que a ortodontia infantil atua na prevenção de complicações respiratórias, digestivas e até posturais, já que problemas de mordida podem interferir em diversas funções corporais.
Com acompanhamento contínuo e adequado, o tratamento ortodôntico na infância é capaz de simplificar a correção dentária e proporcionar uma infância mais saudável.
Tipos de aparelho ortodôntico para crianças
A escolha do aparelho ortodôntico em crianças dependerá do diagnóstico clínico e radiográfico, bem como da fase de desenvolvimento da dentição. Abaixo, exploramos os principais modelos utilizados na ortodontia infantil.
Aparelho móvel
O aparelho móvel infantil pode ser utilizado para abrir espaço entre os dentes, alinhar a mordida e corrigir hábitos como a respiração bucal e a postura da língua. Quando iniciado de forma precoce, reduz significativamente a necessidade de tratamentos mais complexos na adolescência.
Aparelho fixo
O aparelho fixo é indicado principalmente após a troca dos dentes de leite, geralmente a partir dos 12 anos, quando a dentição permanente já está em desenvolvimento. Composto por bráquetes colados aos dentes, ele exerce força contínua que promove o alinhamento dentário e corrige maloclusões mais severas.
Apesar de sua eficácia, o aparelho fixo exige cuidados rigorosos com a higiene bucal, já que a presença de bráquetes e fios facilita o acúmulo de resíduos alimentares. Para crianças, o acompanhamento profissional é essencial para evitar cáries e inflamações gengivais durante o tratamento.
Expansor palatino
O expansor palatino, pode ser um tipo de aparelho fixo ou móvel, dependendo da necessidade do ajuste. É utilizado para corrigir a largura do céu da boca (palato) e garantir espaço suficiente para o alinhamento dos dentes.
Indicado para crianças com a maxila atrésica (estreita), esse aparelho promove a abertura gradual do osso palatino, o que impacta positivamente na respiração, fala e na estética facial.
Esse tipo de intervenção é mais eficaz quando realizada na infância, período em que o osso ainda está em formação. Além de melhorar a mordida e criar espaço para os dentes permanentes, o expansor palatino também auxilia no tratamento de casos de apneia infantil e respiração bucal crônica.
Alinhadores infantis (como o alinhador invisível da Mais Dental)
Os alinhadores invisíveis também têm sido adaptados para o público infantil. Um exemplo é o alinhador infantil da Mais Dental, que alia tecnologia, conforto e discrição. Esses dispositivos são feitos sob medida, com tecnologia 3D, e promovem o alinhamento gradual dos dentes por meio de placas transparentes.
Além de esteticamente mais discretos, os alinhadores são removíveis, o que facilita a higiene bucal e não interfere nas refeições. A adaptação geralmente é mais rápida e confortável, sendo uma alternativa moderna e eficiente para crianças que necessitam de correção ortodôntica.
Em que idade o tratamento ortodôntico costuma começar?
Não existe uma idade única para iniciar o tratamento, pois tudo depende da necessidade de cada caso. No entanto, é consenso entre especialistas que a faixa entre os 5 e 7 anos é o momento ideal para uma avaliação ortodôntica inicial.
Nessa fase, é possível identificar problemas estruturais e funcionais, o que permite intervenções menos invasivas e mais eficazes.
O tratamento em si pode começar mais cedo ou mais tarde, conforme o diagnóstico. Por exemplo, aparelhos ortopédicos que atuam no crescimento ósseo podem ser indicados ainda com dentes de leite.
Já os aparelhos fixos costumam ser introduzidos após os 12 anos, quando os ossos já estão calcificados e os dentes permanentes em sua maioria já nasceram.
Diferença entre tratamento preventivo e corretivo
A ortodontia preventiva é voltada à prevenção de problemas futuros. Nessa abordagem, o objetivo é monitorar o crescimento ósseo e a erupção dos dentes permanentes, além de intervir em hábitos que possam comprometer a saúde bucal, como sucção de dedo, uso prolongado de chupeta ou respiração bucal.
Pequenas intervenções, como mantenedores de espaço, expansores palatinos ou desgastes seletivos, fazem parte dessa fase.
Por outro lado, a ortodontia corretiva atua quando o problema já está instalado. Isso inclui correção de desalinhamentos, mordidas cruzadas ou apinhamento dentário por meio do uso de aparelhos fixos ou alinhadores.
Em muitos casos, o tratamento corretivo é precedido por uma fase preventiva mal conduzida ou ausente, o que reforça a importância da avaliação precoce e contínua com um ortodontista.
Cuidados durante o uso do aparelho ortodôntico infantil
Durante o tratamento, é essencial garantir cuidados específicos para evitar complicações. A higiene bucal deve ser intensificada, já que restos de alimentos podem se acumular ao redor dos aparelhos, favorecendo o surgimento de cáries e inflamações.
Escovação completa, uso de fio dental e enxaguantes bucais são medidas indispensáveis, especialmente após cada refeição.
Deve-se evitar alimentos duros, grudentos ou crocantes, que podem danificar o aparelho e prolongar o tempo de tratamento. A supervisão dos pais é fundamental para que a criança entenda a importância do cuidado com o aparelho e siga corretamente todas as orientações do ortodontista.
A importância do acompanhamento com o odontopediatra e ortodontista
A integração entre o odontopediatra e o ortodontista é fundamental no sucesso do tratamento ortodôntico infantil. O odontopediatra atua na prevenção e manutenção da saúde bucal desde os primeiros anos de vida, enquanto o ortodontista entra com as intervenções específicas relacionadas ao crescimento ósseo e alinhamento dentário.
Consultas periódicas, realizadas de forma conjunta e coordenada, garantem o monitoramento da evolução da dentição, identificação precoce de alterações e ajustes necessários nos aparelhos.
Esse acompanhamento constante promove um vínculo de confiança entre a criança e os profissionais, facilitando a adesão ao tratamento e reduzindo a ansiedade diante das consultas.
Conclusão
Iniciar o uso de aparelho ortodôntico em crianças no momento adequado é uma estratégia inteligente para garantir saúde bucal, desenvolvimento facial equilibrado e um sorriso bonito e funcional no futuro.
A chave para o sucesso está na avaliação precoce, acompanhamento constante e participação ativa dos pais em cada etapa do processo. Seja com aparelhos móveis, fixos, expansores ou alinhadores invisíveis, a ortodontia infantil oferece soluções personalizadas para cada necessidade.
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