Não se sabe ao certo quando o chiclete foi inventado, mas há registros de que, já na Antiguidade, as pessoas cultivavam o hábito de mascar resinas extraídas de árvores. Produzido de uma goma-base sintética feita de vários derivados do petróleo, como resinas e parafinas, o chiclete, como conhecemos hoje, leva ainda em sua composição uma grande variedade de substâncias, como ácidos graxos, corantes, aromatizantes, glicerina e acetato de polivinila, responsáveis por conferir ao produto os variados sabores e texturas com os quais estão disponíveis no mercado.
A principal contraindicação odontológica para o consumo de chicletes está relacionada com a presença de açúcar em sua composição. Versões com adoçante xilitol ou sorbitol, no entanto, podem funcionar como aliados na higiene bucal, pois estimulam a salivação, o que aumenta a lubrificação local e neutraliza a ação dos ácidos produzidos pelas bactérias causadoras das cáries. Mesmo promovendo uma limpeza mecânica da boca, vale lembrar que mesmo os chicletes sem açúcar não substituem a escovação e devem ser um recurso de uso apenas eventual, quando não for possível realizar a higienização adequada dos dentes e da boca.
Também utilizado com frequência para evitar ou disfarçar o mau hálito, o chiclete, mais uma vez, funciona apenas como um paliativo, não sendo recomendado para casos crônicos, situações em que se deve procurar um especialista para identificar e tratar as causas da halitose. Além disso, seu consumo em excesso pode trazer prejuízos para a arcada dentária, pois a repetição excessiva da mastigação leva a um desequilíbrio muscular, resultando em dores crônicas de cabeça, ouvido e na própria região da boca.
Para além da saúde bucal, o consumo de chicletes pode, por um lado, provocar desconforto como gases e azia para indivíduos com problemas gástricos e, por outro, aliviar sensações desagradáveis. É o caso, por exemplo, de pacientes que se utilizam de medicamentos para controle da pressão arterial e da depressão, pois alguns desses remédios podem provocar a sensação de boca seca. Para esses pacientes, o chiclete pode ser bem-vindo por ajudar o umedecimento da cavidade bucal ao favorecer a produção de saliva. Qualquer que seja a condição, deve-se evitar o consumo de chicletes em exagero e, nos casos de problemas de saúde que possam ser agravados por sua utilização, o melhor a fazer é buscar a orientação de um especialista.
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