Estresse é o nome de um mecanismo fisiológico do organismo sem o qual a espécie humana e outros animais não sobreviveriam. Era ele o responsável por fazer com que nossos antepassados das cavernas reagissem imediatamente ao se depararem com alguma ameaça e, portanto, conseguissem fugir e se salvar. O estresse do mundo moderno, no entanto, é muito diferente do que existia no passado, e seu efeito cumulativo traz muitos prejuízos ao organismo, inclusive à saúde bucal.
Síndrome de boca ardente, halitose e até o desenvolvimento de cáries podem ter relação com o estresse, pois um de seus efeitos é a diminuição do fluxo salivar. A redução da saliva é, na verdade, a causa principal da síndrome, que se caracteriza pela ardência constante da boca. Já a relação da diminuição da saliva com a halitose e as cáries tem a ver com a multiplicação das bactérias bucais, que é favorecida quando há menor produção de saliva. Além disso, os maus hábitos que a pessoa estressada tende a adquirir ou que, pelo estresse, acabam se intensificando, como o consumo de álcool e tabaco e a negligência com a higiene oral, são um prato cheio para que esses problemas aconteçam.
Quadro relacionado com o estresse e que compromete a saúde bucal, mas que, entretanto, não pode ser atenuado pela maior atenção à higiene oral, o bruxismo – ato de ranger ou apertar os dentes – pode acontecer tanto com a pessoa dormindo quanto acordada. Ainda não existe cura para o problema, e o tratamento recomendado é a colocação, antes de dormir, de placas interoclusais flexíveis de silicone ou as placas rígidas de acrílico, moldadas segundo o formato da arcada dentária do paciente. Elas ajudam a restringir os movimentos dos músculos mastigatórios e a reduzir o atrito que provoca o desgaste e o abalo dos dentes. Sua utilização e confecção devem ser prescritas por cirurgião-dentista, após avaliação do paciente.
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