Em resposta à solicitação do Conselho Federal de Odontologia (CFO), o Conselho Monetário Nacional (CMN) autorizou, no dia 6 de abril, a concessão de linhas de crédito especial para os profissionais de odontologia. O benefício, até o momento, destina-se apenas aos odontólogos das regiões Norte, Nordeste e Centro-oeste do Brasil, mas a intenção do CFO é que ele possa estender-se aos dentistas de todo o Brasil. A medida é um aceno ao setor, que está sendo fortemente impactado pela crise do coranavírus, já que os atendimentos odontológicos eletivos estão suspensos há mais de 15 dias e o retorno normal das atividades deve levar mais algumas semanas.
A verdade é que, recorrendo ou não às linhas de crédito, muitos dentistas precisarão repensar a gestão de seus consultórios, e o momento é de começar a se preparar para a retomada dos atendimentos, porque haverá, pelo menos, dois cenários: a demanda reprimida de pacientes que precisarão de cuidados rápidos ou que buscarão dar continuidade a tratamentos já iniciados e o impacto econômico causado pela crise, que diminuirá a disponibilidade financeira dos clientes.
Regras fundamentais de gestão, como a otimização de recursos e a redução de gastos – momento de renegociar com fornecedores e parceiros –, tornam-se imperativas em cenários de crise econômica como o que se anuncia. Vale também investir tempo para retomar o contato com os pacientes para receber feedback e, quando necessário, agendar novos atendimentos e buscar a ampliação da base de clientes com parcerias, credenciamento de novos planos odontológicos ou trabalhando a marca digitalmente, em um site ou nas redes sociais.
Temos esperança de que o tempo utilizado durante o isolamento social tenha sido proveitoso, que tenha sido empregado para aumentar a cultura geral e para colocar em dia a leitura e as atualizações constantes de nossa área. Temos esperança de que o tempo utilizado durante o isolamento social tenha sido proveitoso, que tenha sido empregado para aumentar a cultura geral e para colocar em dia a leitura e as atualizações constantes de nossa área.
Vamos encarar uma clientela com dúvidas e anseios por respostas sobre vacinas e remédios, e cabe a cada um de nós, mesmo não tendo respostas objetivas, acolhê-la.
A hora é de exercitar o real significado da empatia nos consultórios, com nossos auxiliares de saúde, mas cercados de biossegurança, e de promover a aproximação com nossos clientes, por meio de fichas de questionário para saber como eles ficaram no período de isolamento social: como se comportaram, se foram afetados por períodos febris e se houve impacto em sua saúde oral. Tal investigação nos ajudará a exercer uma odontologia mais criteriosa e afetuosa, o que determinará o diferencial para mantermos nossos clientes cada vez mais confiantes em nosso trabalho.
Sugiro que, mesmo ainda em isolamento social, aguardando o retorno das atividades cotidianas, entrem em contato com seus pacientes simplesmente para perguntar como estão, se estão se cuidando e se a saúde de seus familiares está bem.
Precisamos, sim, nos preparar tecnicamente para retornar, mas, antes de tudo, nos preparar para acolhê-los com eficiência e segurança.
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