Conhecido popularmente como “o dente do juízo”, por, em geral, despontar no início da fase adulta, o siso faz parte do grupo de dentes molares – ele é o terceiro molar –, que têm a função de amassar o alimento na etapa final da mastigação. À medida que os padrões alimentares da espécie humana foram se transformando, a utilização desse dente foi sendo reduzida, o que o levou a perder sua funcionalidade no organismo. Além disso, com o passar dos séculos, nossa arcada dentária diminuiu de tamanho e, consequentemente, há menos espaço para esses dentes na boca, o que faz com que a extração dos sisos seja tão usual. Há, inclusive, algumas pessoas que nem mesmo desenvolvem mais esse dente.
A seguir, esclarecemos algumas dúvidas sobre ele.
É PRECISO ESPERAR O SISO NASCER PARA EXTRAÍ-LO?
O cirurgião-dentista pode indicar a extração dos sisos em pacientes jovens antes mesmo de sua erupção. Nessa fase, a raiz não está totalmente formada, o que pode colaborar para que o procedimento seja mais facilmente realizado.
O NASCIMENTO DO SISO PODE FAZER OUTROS DENTES “ENTORTAREM”?
O pouco espaço entre os dentes para acomodá-los na arcada é que pode desalinhá-los. Como o siso é o último da arcada e, normalmente, tem pouco espaço para nascer, a força de sua erupção pode fazer com que os dentes vizinhos fiquem desalinhados.
OS SISOS SEMPRE CAUSAM DOR QUANDO ESTÃO NASCENDO?
É normal que, quando estejam prestes a aparecer, os sisos provoquem um pouco de dor. Isso acontece porque, na erupção desse dente, pode ocorrer a pericoronarite, uma inflamação no capuz gengival que o reveste. Em casos mais graves, o mau posicionamento do siso na arcada pode provocar problemas como inflamação na gengiva, abscessos, reabsorções dos dentes vizinhos, lesões císticas e tumorais, irritação na região e dor. Nessas situações, é recomendada a extração do dente.
ENTÃO, SE O SISO NÃO INCOMODA O PACIENTE, ELE NÃO PRECISA SER RETIRADO?
A extração do siso é indicada quando é necessária para o alinhamento dos dentes, quando ocorre a lesão do dente que fica ao lado dele – o segundo molar –, em situações em que o paciente morde a bochecha com frequência e quando ele está associado a cistos ou outras lesões.
A EXTRAÇÃO DO SISO DÓI?
A retirada não é tão complicada como muitas pessoas imaginam e pode ser feita em consultório com anestesia local. Apenas em casos raros, é necessário lançar mão da anestesia geral e a intervenção é feita em hospital. Entretanto, por ser um procedimento cirúrgico, o repouso é necessário e o pós-operatório frequentemente é um pouco dolorido, com inchaço e dificuldade na alimentação. O tempo dependerá do nível de complexidade da cirurgia.
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