O desgaste dos dentes é um problema que afeta milhões de pessoas e, embora parte desse processo seja natural com o envelhecimento, a sua progressão pode ser acelerada por diversos fatores. Nos dias atuais, por exemplo, o bruxismo é uma das maiores causas destes desgaste, principalmente após a pandemia.
Quando não identificado e tratado a tempo, esse desgaste compromete não apenas a estética do sorriso, mas também funções essenciais, como mastigação e fala, além de impactar diretamente a autoestima. A boa notícia é que, com cuidados adequados, é possível prevenir ou minimizar danos, preservando a saúde bucal por muito mais tempo.
Especialistas em reabilitação oral reforçam que a prevenção é a chave para evitar o desgaste precoce dos dentes, o que significa adotar hábitos saudáveis no dia a dia, evitar condutas prejudiciais e manter um acompanhamento odontológico regular.
Com medidas simples e eficazes, é possível prolongar a integridade do esmalte e garantir um sorriso saudável ao longo de toda a vida.
O que é o desgaste dentário e por que ele acontece?
O desgaste dentário é caracterizado pela perda gradual e irreversível da camada externa dos dentes — o esmalte. Essa camada é formada por minerais e tem a função de proteger estruturas internas mais sensíveis, como a dentina e a polpa dentária.
Apesar de ser o tecido mais duro do corpo humano, o esmalte não é indestrutível. Ao longo dos anos, ele sofre impactos mecânicos, químicos e até biológicos que levam à sua deterioração.
O processo pode ocorrer de forma natural, devido ao envelhecimento, quando a mastigação, a variação de temperatura dos alimentos e a redução da produção de saliva contribuem para um desgaste progressivo.
No entanto, em muitos casos, ele é acelerado por fatores externos, como má higiene bucal, hábitos inadequados e condições médicas. Quando a proteção do esmalte é comprometida, a dentina fica exposta, causando sensibilidade, dor e maior suscetibilidade a fraturas e cáries.
Tipos de desgaste nos dentes: atrito, abrasão, erosão e abfração
Embora o termo “desgaste dentário” pareça genérico, existem diferentes formas de perda de esmalte, cada uma com causas específicas. Antes de aprofundar em cada tipo, é importante entender que identificar corretamente a origem do problema é fundamental para um tratamento eficaz.
O desgaste por atrito (ou atrição) é causado pelo contato direto entre os dentes, geralmente durante a mastigação ou em casos de bruxismo. Esse atrito constante leva ao encurtamento e achatamento das superfícies dentárias, que podem provocar dores na face, incluíndo dores de cabeça e até dores articulares..
A atrição é uma das principais causas de desgaste dos elementos dentários e está muito relacionado aos problemas emocionais, como a correria do dia a dia e ao stress.
Já a abrasão é provocada por atrito mecânico externo, como o uso de escovas de cerdas duras, cremes dentais abrasivos ou o hábito de morder objetos.
A erosão, por sua vez, resulta da ação química de ácidos provenientes de alimentos, bebidas ou até do refluxo gástrico.
Por fim, a abfração ocorre devido a forças desequilibradas na mordida, que geram microfraturas no esmalte, comuns em casos de má oclusão ou desalinhamento dentário.
Cada tipo de desgaste exige estratégias específicas de prevenção e tratamento, reforçando a importância de um diagnóstico odontológico preciso.
Principais causas do desgaste dos dentes
As causas do desgaste dentário podem ser divididas em mecânicas e químicas. Entre as mecânicas, destacam-se o bruxismo, a má escovação e o uso de cremes dentais abrasivos. O bruxismo, caracterizado pelo ranger ou apertar dos dentes, exerce pressão excessiva que leva ao achatamento das superfícies e ao surgimento de microtrincas.
A escovação inadequada, especialmente com força excessiva ou cerdas duras, remove gradualmente a camada protetora do esmalte.
Já entre as causas químicas, os alimentos e bebidas ácidas são protagonistas. Refrigerantes, vinhos, frutas cítricas e molhos à base de vinagre alteram o pH da boca e dissolvem a estrutura mineral do esmalte.
Condições como refluxo gastroesofágico e bulimia expõem os dentes aos ácidos estomacais, potencializando o desgaste. O envelhecimento natural e a baixa produção de saliva também aumentam a vulnerabilidade dos dentes a esses processos.
Quais são os sinais de que seus dentes estão desgastando?
Reconhecer os sinais de desgaste dentário é essencial para buscar tratamento precoce. Um dos primeiros sintomas é a sensibilidade dental, percebida ao consumir alimentos quentes, frios, doces ou ácidos. Também é comum notar alterações na coloração, com os dentes adquirindo um tom mais amarelado devido à exposição da dentina.
Outros indícios incluem bordas dentárias mais finas e transparentes, presença de trincas ou fissuras, retração gengival e mudanças no formato ou tamanho dos dentes. Em estágios mais avançados, pode haver mobilidade dental, dificuldade para mastigar e até dores na articulação temporomandibular (ATM).
Esses sinais não devem ser ignorados, pois o desgaste é irreversível e pode evoluir rapidamente.
Como prevenir o desgaste dentário no dia a dia
A prevenção começa com uma higiene bucal adequada, utilizando escovas de cerdas macias, movimentos suaves e creme dental com flúor. É fundamental usar fio dental diariamente e evitar escovar os dentes imediatamente após consumir alimentos ácidos — o ideal é esperar cerca de 30 minutos para que o pH bucal se normalize.
Manter uma alimentação equilibrada também é essencial. Reduza a ingestão de refrigerantes, doces e ultraprocessados, priorizando alimentos ricos em cálcio, fibras e vitaminas. A hidratação adequada contribui para a produção de saliva, que protege e remineraliza os dentes.
Hábitos prejudiciais como roer unhas, morder tampas de caneta ou ranger os dentes devem ser eliminados ou controlados, com a ajuda de placas miorrelaxantes quando indicado.
Caso o stress seja a causa dos problemas, é preciso tentar amenizá-lo para que o indivíduo possa ter melhor controle da sua rotina, o que deve ser avaliado por um profissional.
A importância do acompanhamento odontológico regular
Visitar o dentista regularmente, pelo menos a cada seis meses, permite identificar sinais iniciais de desgaste dentário e iniciar medidas preventivas antes que o problema avance. Durante essas consultas, o profissional pode realizar limpezas mais profundas, aplicar flúor e orientar sobre técnicas corretas de escovação.
O acompanhamento odontológico também é essencial para pacientes com fatores de risco, como bruxismo ou refluxo gástrico, garantindo um monitoramento constante e ajustes no tratamento conforme necessário. Esse cuidado contínuo não apenas preserva a integridade dos dentes, mas também contribui para a saúde geral e a qualidade de vida.
Tratamentos para casos de desgaste já instalado
Quando o desgaste dentário já comprometeu parte significativa do esmalte, não é possível regenerá-lo, mas é viável restaurar a função e a estética dos dentes. Entre os procedimentos mais utilizados estão as restaurações em resina composta, indicadas para perdas menores, e as facetas ou lentes de contato dentais, que recuperam forma e cor.
Nos casos mais severos, podem ser necessárias coroas, próteses ou até implantes dentários. Independentemente do tratamento escolhido, é imprescindível que a causa do desgaste seja controlada para evitar que os danos se repitam. A avaliação individualizada feita pelo dentista garante um plano de reabilitação eficaz e duradouro.
Conclusão
O desgaste dos dentes não precisa ser inevitável ou incontrolável. Com a adoção de hábitos preventivos, atenção aos sinais precoces e acompanhamento profissional, é possível preservar a saúde e a beleza do sorriso por muito mais tempo.
Mais do que uma questão estética, cuidar dos dentes é um investimento em bem-estar, autoconfiança e qualidade de vida.
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